18 de fev. de 2014

O legado de Krishnamacharya

Postamos aqui esse artigo de Fernando Pagés Ruiz, jornalista e editor da YogaJournal. O artigo foi publicado na YogaJournal de  Mai/Jun 2001. Sua versão original em inglês pode ser encontrada em: www.yogajournal.com/wisdom/465_1.cfm . A tradução é da prof. Maria Nazaré Cavalcanti, de Porto Alegre (www.anjali.com.br)

Você pode nunca ter ouvido falar dele, mas Tirumalai Krishnamacharya influenciou, ou talvez até tenha inventado, o yoga que você faz. Quer você pratique as séries dinâmicas de Pattabhi Jois, os refinados alinhamentos de B.K.S. Iyengar, as posturas clássicas de Indra Devi ou as vinyasas individualizadas de Viniyoga, sua prática tem origem em uma fonte: um brâmane de um metro e meio nascido há mais de cem anos numa pequena aldeia do sul da Índia.

Ele nunca cruzou um oceano, mas o yoga de Krishnamacharya difundiu-se através da Europa, Ásia e Américas. É difícil encontrar hoje dia uma tradição de prática de asanas que não tenha sido por ele influenciada. Mesmo que você tenha aprendido de um yogi hoje fora das tradições associadas a Krishnamacharya, é grande a chance de que seu professor tenha sido treinado nas linhagens Iyengar, Ashtanga ou Viniyoga, antes de desenvolver um outro estilo. Rodney Yee, por exemplo, que aparece em muitos vídeos populares, estudou com Iyengar. Richard Hittleman, um yogi bem conhecido através da TV nos anos 70, praticou com Indra Devi. Outros professores adotaram elementos dos vários estilos baseados em Krihnamacharya, criando abordagens únicas, como é o caso de Ganga White, com seu White Lotus Yoga e Manny Finger, com o ISHTA Yoga. A maioria dos professores, mesmo de estilos não diretamente ligados a Krishnamacharya - Shivananda Yoga e Bikram Yoga, por exemplo- foram em algum aspecto influenciado pelos ensinamentos de Krishnamacharya.

Muitas de suas contribuições estão tão completamente integradas ao tecido do Yoga, que a fonte foi esquecida. É dito que é ele o responsável pela ênfase moderna na prática de Shirshasana (Pouso sobre a Cabeça) e Sarvangasana (Pouso sobre os Ombros). Ele foi um pioneiro em refinar posturas, em otimizar a forma de colocá-las em seqüência e em conferir valor terapêutico a asanas específicas. Ao combinar pranayama e asana, ele fez das posturas parte integrante do processo de meditação, ao invés de simplesmente um passo em sua direção.

Na verdade, a influência de Krishnamacharya pode mais claramente ser vista na ênfase sobre a prática de asana, que se tornou a marca da prática de yoga hoje em dia. Provavelmente, nenhum yogi antes dele desenvolveu as práticas físicas tão deliberadamente. No processo, ele transformou Hatha - antes uma tendência obscura e estagnada do yoga - em sua corrente central. O ressurgimento do Yoga na Índia deve muitíssimo às suas incontáveis excursões com palestras e demonstrações públicas durante os anos 1930, e seus quatro mais famosos discípulos: Jois, Iyengar, Devi, e o filho de Krishnamacharya, T.K.V. Desikachar - desempenharam enorme papel na popularização do yoga no Ocidente.

12 de fev. de 2014

A importância dos cinco vayus no processo evolutivo do yogui



Os bandhas podem trazer diversos benefícios do ponto de vista físico, como o fortalecimento de músculos mais profundos, o massageamento dos órgãos internos, além de oferecer maior suporte e estabilidade ao corpo, impedindo lesões durante a execução das posturas.

Há, entretanto, aspectos mais sutis da prática de yoga que justificam sua utilização. Esse artigo do prof. Osnir Cugenotta  explica os aspectos energéticos envolvidos com as práticas dos bandhas, além de esclarecer o por quê de recomendações como a de não beber água durante a prática de yoga  e de se fazer um resguardo de pelo menos meia-hora antes e depois da prática para comer ou beber.